Tese – A contribuição winnicottiana para a teoria e a clínica da depressão
- Título: A contribuição winnicottiana para a teoria e a clínica da depressão
- Tipo: Tese de doutorado
- Autora: Ariadne Alvarenga de Rezende Engelberg de Moraes
- Orientador: Zeljko Loparic
- Ano: 2005
- Publicação: PUC-SP
Resumo
Este estudo teve por objetivo reconstruir e analisar a teoria da depressão de D.W.Winnicott, destacando sua relevância como uma teoria aplicável para o diagnóstico e tratamento dessa doença, na forma como se apresenta na clínica psicanalítica atual. Esse objetivo foi pautado na observação do crescente aumento dos casos de depressão na clínica psicológica, na localização do impasse que envolve a clínica da depressão relacionado à resolução da questão de sua etiologia e no questionamento da aplicabilidade clínica das teorias psicanalíticas de base freudiana. Para tanto, analisei a teoria da depressão de Freud, realçando as dificuldades encontradas por ele, e mostrei como Winnicott tratou essas limitações ao construir sua teoria. Essa discussão foi realizada sob a proposição de que as mudanças introduzidas na teoria psicanalítica por Winnicott constituem uma mudança paradigmática. Estabelecido isso, fiz a sistematização da teoria winnicottiana do amadurecimento pessoal, tendo como ponto de referência a conquista da capacidade para deprimir-se. Desse estudo, pode-se concluir que a depressão é uma doença relacional, ligada a problemas com a culpa e com a destrutividade, cujo diagnóstico precisa ser realizado à luz da linha do amadurecimento pessoal, como forma de caracterizar a doença de acordo com as falhas ambientais, observar as defesas organizadas e estabelecer a forma de tratamento. Todos esses elementos me permitiram concluir que a teoria winnicottiana da depressão traz subsídios para os clínicos da área compreenderem as diferentes formas de apresentação da depressão e para discernirem a necessidade de atendimentos simultâneos com a psiquiatria e outras áreas da medicina.
Palavras-chave: : Depressão, psicopatologia, psicanálise, freud